domingo, 30 de junho de 2013

Doenças de professores: Síndrome de Bornout

 

Burnout: síndrome afeta mais de 15% dos docentes
 

Profª Nádia Maria B. Leite
Profª Nádia Maria B. Leite
Autor: Daiane Souza


Exaustão emocional, baixa realização profissional, sensação de perda de energia, de fracasso profissional e de esgotamento. Estes são os principais sintomas de pessoas que sofrem da síndrome de Burnout. A pessoa é consumida física e emocionalmente pelo próprio objeto de trabalho. Daí o termo burnout - do inglês burn (queima) e out (para fora, até o fim). A doença acomete profissionais de várias áreas, mas seu diagnóstico é mais freqüente em profissões com altas demandas emocionais e que exigem interações intensas, como é o caso, por exemplo, dos professores e dos profissionais de saúde.

Uma pesquisa realizada pela psicóloga Nádia Maria Beserra Leite, da Universidade de Brasília (UNB), com mais de oito mil professores da educação básica da rede pública na região Centro-Oeste do Brasil revelou que 15,7% dos entrevistados apresentam a síndrome de Burnout, que reflete intenso sofrimento causado por estresse laboral crônico. “A enfermidade acomete principalmente profissionais idealistas e com altas expectativas em relação aos resultados do seu trabalho. Na impossibilidade de alcançá-los, acabam decepcionados consigo mesmos e com a carreira”, explicou.

De acordo com Nádia, obter 15,7% num universo de oito mil não é desprezível. Caso o índice seja o mesmo em todo o país, por exemplo, então mais de 300 mil professores brasileiros convivem com a síndrome, isso somente no ensino básico. Entre outras conseqüências, tal cenário levaria a um sério comprometimento na educação de milhões de alunos.

Os dados foram revelados por meio de um questionário aplicado no Sistema de Avaliação da Educação Básica, em 2003, mas somente analisado em 2007. O questionário permite identificar a incidência dos três sintomas que caracterizam a síndrome: exaustão emocional, baixa realização profissional e despersonalização. Com relação ao primeiro sintoma, 29,8% dos professores pesquisados apresentaram exaustão emocional em nível considerado crítico. Quanto à baixa realização profissional, a incidência foi de 31,2%, enquanto 14% evidenciaram altos níveis de despersonalização.

Em entrevista ao Jornal do Professor, a psicóloga explica como os professores podem identificar a síndrome e o que devem fazer para tratá-la.

1. O que é a síndrome de Burnout? Como ela se diferencia do estresse?

Burnout é um estado de sofrimento que acomete o trabalhador quando este sente que já não consegue fazer frente aos estressores presentes no seu cotidiano de trabalho. Diferentemente do estresse, que se caracteriza pela luta do organismo no sentido de recobrar o equilíbrio físico e mental, a síndrome de Burnout compreende a desistência dessa luta. Por isso se diz que Burnout é a síndrome da desistência simbólica, pois embora não se ausente fisicamente do seu trabalho, o profissional não consegue se envolver emocionalmente com o que faz.

2. O que leva o professor a desenvolver a síndrome?

Burnout é resultado de longa exposição aos estressores laborais crônicos, sendo mais freqüente em profissões com altas demandas emocionais e que exigem interações intensas, como é o caso, por exemplo, dos professores e dos profissionais de saúde. No caso dos profissionais de saúde, as demandas emocionais estão ligadas à compaixão, à onipotência de poder salvar vidas e à impotência por perdê-las. Já no caso do professor, as demandas são de outra natureza; estão relacionadas ao cuidado, à possibilidade ou não de se estabelecer um vínculo afetivo com o aluno que favoreça o processo de aprendizagem e permita ao professor realizar um bom trabalho.

Essas demandas emocionais, no caso do docente, são inerentes a sua profissão, podendo ser agravadas, por exemplo, por políticas educacionais que aumentem a sobrecarga de trabalho sem a devida contrapartida, ou por condições inadequadas de trabalho, ou pela presença de alunos particularmente difíceis (alunos violentos, com grande déficit de aprendizagem) ou ainda pelo sentimento de injustiça, de não reconhecimento do seu esforço e da importância do seu papel na sociedade.

3. Quais são os principais sintomas dessa síndrome?

Os principais sintomas de Burnout são exaustão emocional, despersonalização e sentimento de baixa realização profissional. A exaustão emocional é uma sensação de perda de energia, de esgotamento, quando o profissional comumente relata que, embora querendo, já não consegue mais se envolver emocionalmente com o seu trabalho. Em decorrência dessa exaustão surgem dois mecanismos reativos, a despersonalização, que é o desenvolvimento de atitudes negativas em relação às pessoas destinatárias do trabalho (cliente, usuário) e o sentimento de baixa realização profissional, ou seja, uma sensação de fracasso profissional, de ineficácia.

4. Quais cuidados os professores podem tomar para evitar a síndrome?

Em tese, qualquer movimento no sentido de reduzir a vulnerabilidade do professor aos estressores do seu cotidiano, particularmente aqueles relacionados com as demandas emocionais, seria uma medida preventiva no sentido de minimizar as possibilidades de o indivíduo vir a desenvolver Burnout. Dessa forma, aplicam-se à prevenção de Burnout, todas as estratégias voltadas para ajudar o indivíduo a lidar com o estresse. Por isso, o apoio dos pares e da direção da organização é tão importante. A direção da escola tem papel fundamental no sentido de minimizar problemas estruturais como, por exemplo, condições de trabalho inadequadas. Com relação aos colegas, a troca de vivências e de problemas comuns favorece a reorganização cognitiva no sentido de o trabalhador rever suas expectativas e encontrar formas possíveis de lidar com suas frustrações, e ideais inalcançáveis.

5. Como os professores podem saber se estão com a síndrome ou não? Tem algum exame específico? Eles devem procurar um psicólogo?

O diagnóstico de Burnout pode ser feito por exame clínico, com profissional da área de saúde (médico, psicólogo) que efetivamente conheça os sintomas da síndrome, e por meio de instrumentos psicológicos elaborados especificamente para fazer essa avaliação. É importante que em ambos os casos a avaliação seja feita por profissional com formação adequada em relação ao fenômeno específico. Entretanto, é admissível que o próprio professor, ao tomar conhecimento dos sintomas de Burnout, identifique com razoável precisão que está vivendo esse processo. Nesse caso, é recomendável que ele busque ajuda psicológica.

6. Uma vez constatada a síndrome, o que os professores podem fazer para melhorar?

É altamente desejável que o profissional com Burnout tenha acesso a atendimento especializado, tanto médico quanto psicológico. Além disso, a participação da direção da organização e dos colegas pode ajudar muito, tanto na prevenção quanto na recuperação. Nos profissionais de saúde, medidas interessantes já vêm ocorrendo: profissionais que trabalham, por exemplo, em UTIs, prontos socorros e áreas mais críticas, por iniciativa própria ou por sugestão da instituição onde trabalham, fazem reuniões periódicas (grupos de reflexão) em que discutem suas angústias, suas limitações, buscam alternativas possíveis para os problemas e se preparam psicologicamente para se alegrar com o sucesso (mesmo que em pequena proporção) como forma de fazer frente ao insucesso freqüente. Meu estudo demonstrou que esse suporte social no trabalho é um grande aliado na redução dos níveis de Burnout.

Arquivos

Portal do professor-30/06/2013
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=38
 

Livro: Quando eu voltar a ser criança

quinta-feira, 27 de junho de 2013

pesquisa Wikipedia

Bullying

Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, o assédio escolar ainda não possui um termo específico consensual3 , sendo o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia de língua portuguesa. Existem, entretanto, alternativas como acossamento, ameaça, assédio, intimidação4 , além dos mais informais judiar e implicar5 , além de diversos outros termos utilizado pelos próprios estudantes em diversas regiões.
No Brasil, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica a palavra bulir como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros.6 Por isso, são corretos os usos dos vocábulos derivados, também inventariados pelo dicionário, como bulimento (o ato ou efeito de bulir) e bulidor (aquele que pratica o bulimento).6

Fonte::http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying


Motivação

Motivação (do Latim moveres, mover) refere-se em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação. Assim a principal questão da psicologia da motivação é "por que o indivíduo se comporta da maneira como ele o faz?"1 . "O estudo da motivação comporta a busca de princípios (gerais) que nos auxiliem a compreender, por que seres humanos e animais em determinadas situações específicas escolhem, iniciam e mantém determinadas ações"

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o

Autoestima

Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003).
A autoestima envolve tanto crenças autossignificantes (por exemplo, "Eu sou competente/incompetente", "Eu sou benquisto/malquisto") e emoções autossignificantes associadas (por exemplo, triunfo/desespero, orgulho/vergonha). Também encontra expressão no comportamento (por exemplo, assertividade/temeridade, confiança/cautela). Em acréscimo, a autoestima pode ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima). Finalmente, a autoestima pode ser específica de uma dimensão particular (por exemplo, "Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso") ou de extensão global (por exemplo, "Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me orgulhoso quanto a mim no geral").

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoestima


Felicidade

 Felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem, ainda, o significado de bem-estar espiritual ou paz interior. Existem diferentes abordagens ao estudo da felicidade - pela filosofia, pelas religiões ou pela psicologia. O homem sempre procurou a felicidade. Filósofos e religiosos sempre se dedicaram a definir sua natureza e que tipo de comportamento ou estilo de vida levaria à felicidade plena.
A felicidade é o que os antigos gregos chamavam de eudaimonia, um termo ainda usado em ética. Para as emoções associadas à felicidade, os filósofos preferem utilizar a palavra prazer. É difícil definir, rigorosamente, a felicidade e sua medida. Investigadores em psicologia desenvolveram diferentes métodos e instrumentos, a exemplo do Questionário da Felicidade de Oxford,1 para medir o nível de felicidade de um indivíduo. Esses métodos levam em conta fatores físicos e psicológicos, tais como envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade, idade, renda etc.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Felicidade

Vídeos

Projeto

FATIMA APARECIDA DA CRUZ SOUSA ELIANA MÁRCIA DAS NEVES GALVÃO PROJETO CONTRA O BULLYING NA ESCOLA LINS/SP 2013 INTRODUÇÃO O que motivou o projeto foi o problema enfrentado na escola a respeito do conflito de alunos-alunos e alunos-professores, cuja maioria, dos alunos são moradores de um bairro isolado da cidade e a história específica traz uma marca de desestruturação urbana e social havendo discriminação deste bairro por toda a cidade. No trabalho da mediação em observação realizada por conflitos existentes na escola durante os atendimentos dos alunos individualmente e em grupo, notou-se a situação do Bulliyng. A dificuldade encontrada a princípio foi a resistência da maioria dos professores com relação aos alunos moradores do local. Mas o resultado foi surpreendente, pois um momento de Reflexão sobre o assunto do levantamento do histórico do bairro foi se formando pelos próprios professores mais antigos da cidade que sabiam dos fatos.O próximo passo é o trabalho com os alunos para alcançarmos o clima da Cultura Paz no ambiente escolar . JUSTIFICATIVA O projeto desenvolveu-se a partir da observação realizada na escola de frequentes ocorrências de situação de Bullying entre os alunos e, também com certa resistência por parte de alguns professores para com os alunos de um bairro específico onde há o tráfego de drogas. O bairro se localiza distante da cidade e possui uma história específica de característica urbana desestruturada e socialmente vulnerável. A discriminação ocorrente entre os alunos deste bairro traz uma situação emocional tensa e nota-se a baixa autoestima dos alunos desse bairro que são a maioria dos alunos da Escola. OBJETIVOS O presente trabalho visa compreender a situação dos alunos oriundos desse bairro a partir da história do seu bairro, de suas dificuldades, seus receios, medos e, a partir daí, trabalhar com os alunos para ajudá-los a melhorarem a aceitação social, a autoestima, a integração no ambiente escolar, o desempenho escolar e alcançar o trajeto de sucesso pessoal e social. . METODOLOGIA O círculo foi preparado e cuidado pela professora mediadora da escola onde os alunos sofrem Bullying. Foi realizado um círculo reflexivo com os professores a partir de Vídeo do Youtube com o assunto Motivação. Em seguida em vídeo foi tratado um texto sobre o assunto Bullying e o diálogo sobre os problemas de vulnerabilidade enfrentados por esses alunos a partir da história do bairro. Para a realização desta atividade participaram todo o corpo docente desta unidade escolar bem como a equipe gestora. O resultado foi surpreendente, pois um momento de Reflexão sobre o assunto do levantamento do histórico do bairro foi se formando pelos próprios professores mais antigos da cidade que sabiam dos fatos. Após relatos diversificados pelos próprios professores que envolvidos, foram ficando sensibilizados com a situação e a verdade. A partir daí houve melhor compreensão sobre o comportamento dos alunos oriundos desse bairro com um novo olhar mediante os conflitos existentes. O próximo passo é o trabalho com os alunos para alcançarmos o clima da Cultura Paz no ambiente escolar. Dando continuidade no trabalho, foi realizada uma consulta entre os alunos para expressarem em questionário os seus sentimentos, pensamentos e necessidades. Segue abaixo o questionário. O termômetro da violência O trabalho foi realizado a partir de um questionário para medir as formas de violências existentes. O questionário foi aplicado em todas as séries, porém não em todas as salas, perfazendo um total de uma amostra de 38% dos alunos matriculados. Na aplicação do questionário procurou-se orientar os alunos que não se identificassem para que uma possível intimidação pudesse ocasionar o risco de infidelidade no processo da pesquisa e o resultado da validade. A aplicação foi realizada pela própria professora mediadora para que também colaborassem na veracidade das respostas. REFERÊNCIAS: Código Penal brasileiro. ECA. Freud, Sigmund Maslow, Abraham. Tiba, Içami. Wikipédia. O QUESTIONÁRIO: Questionário de pesquisa: BULLYNG Você já sofreu algum tipo de agressão, intimidação ou assédio? ¬¬¬¬ Sim ( ) Não ( ) Que tipo de agressão, intimidação ou assédio você sofreu? Verbal ( ) Físico ( ) Emocional ( ) Sexual ( ) Racista ( ) Quem agrediu, intimidou ou assediou você é Menino ( ) Menina ( )-Que idade tinha quando isso aconteceu? Menos de 5 anos ( ) De 5 a 11 anos ( ) De 11 a 14 anos ( ) Mais ( ) Quando foi a última vez que você sofreu algum tipo de assédio, intimidação ou agressão?Hoje( ) Nos últimos 6 meses ( ) Nos últimos 30 anos ( ) Há um ano ou mais ( ) Quantas vezes você já sofreu intimidação, agressão ou assédio?Uma vez ( ) Quase todos os dias ( ) Diversas vezes ( ) Várias vezes ao dia ( )Onde isso aconteceu? Indo ou vindo da escola () Na sala de aula ( ) No pátio da escola ( ) No refeitório da escola( ) Nos banheiros da escola ( ) Em outro local ( ) Como você se sentiu quando isso aconteceu? Não me incomodou ( ) Fiquei com medo ( ) Me senti assustado ( ) Me senti mal ( ) Não queria vir para a escola ( ) Quais foram às consequências da intimidação, agressão e assédio sofrido por você? Não teve consequências ( ) Consequências terríveis ( ) Algumas consequências ruins ( ) Fez você mudar de escola ( ) O que você pensa sobre quem pratica intimidação, agressão ou assédio na escola? Não penso nada ( ) Não gosto deles ( ) Tenho pena deles ( ) Gosto deles ( ) Em sua opinião, de quem é a culpa se a intimidação, agressão ou assédio continuam acontecendo? De quem agride ( ) Da direção da escola ( ) Dos pais deles ( ) Dos professores ( ) De quem é agredido ( ) Por favor, marque se você é: Menino ( ) ou Menina ( ) O que poderia ser feito para resolver esse problema? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Você já intimidou, agrediu ou assediou alguém? Sim ( ) não ( ) Escola ______________________________________________ Data _______________ Professora Mediadora Fátima Sousa

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mediando

A experiência de conduzir um Círculo Restaurativo traz realização, pois há necessidade de grande sensibilidade, consciência do que se está fazendo, compromisso com a verdade, perspicácia, sensatez, sinceridade, imparcialidade, justiça, conhecimento, sabedoria, liderança, autoridade, etc. Ao ajudar um indefeso como este aluno é como se resgatasse alguém da beira da morte. Hoje, esse aluno está na oitava série, está feliz e mais realista com sua situação familiar acompanhando a formação do pai. Trabalho realizado pela Professora Mediadora: Fátima Aparecida da Cruz Sousa, em Cafelândia- SP, em setembro no ano de 2010. Escola Valdomiro Silveira

sábado, 8 de junho de 2013

Mediar se faz necessário

A mediação se faz necessária em todos os setores humanos. Hoje, ao observarmos o comportamento social percebemos o estresse elevado na maioria das pessoas e em todos os setores.